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A Importância de estar fora do consultório

            __ Meu paciente mudou muito! Antes, ele chegava aqui cabisbaixo e agora está mais alegre, falante e amável!

            __ Muito bom! Como ele está na casa dele, no trabalho, na escola?

            __Ah! Continua o mesmo… fala que tá tudo igual, mas que gosta muito de vir aqui! Temos uma ótima relação!

            O diálogo acima mostra que a relação entre o terapeuta e o paciente está muito boa e isso é muito importante! Precisamos ter um bom vínculo para podermos auxiliar nossos pacientes a mudarem e a transformarem suas realidades. Contudo, se o seu paciente está satisfeito em vir ao seu consultório, se vc está satisfeito com a relação de vcs e ele mudou “muito” na sua presença, mas não muda “lá fora”, vc está fazendo um bom trabalho?

            Sim e não! Sim, pois mostra que a relação de vcs é muito importante para seu paciente e, com vc, ele pode ter conseguido, supostamente, mudar o “padrão” dele, ou seja, de cabisbaixo para mais alegre, falante e amável.

            Não, pois parece que ele mudou apenas na sua presença e alguns questionamentos precisam ser realizados por vc e/ou pela sua equipe de supervisão (caso não a tenha, sugiro muito que tenha uma) com o objetivo de entender quais as dificuldades de ele mudar no seu dia a dia, o que de fato é mais importante! Sabemos que muitas vezes o falar que melhorou não faz parte da melhora, pelo contrário, pode ser uma dificuldade “mascarada” e que se estende sessão após sessão…

            É nesse cenário que o trabalho do acompanhante terapêutico pode ser extremamente útil, pois ao fazer a “ponte” com o terapeuta do consultório, pode:

  • Desenvolver habilidades ao vivo com o paciente, continuando o trabalho realizado dentro do consultório; ou seja, colocar em prática o que é discutido e orientado.
  • Fornecer uma observação detalhada do ambiente do paciente, auxiliando o terapeuta a ampliar sua avaliação e incrementar suas intervenções.
  • Promover orientações ao vivo com os pais e/ou responsáveis do paciente, favorecendo um ambiente menos punitivo.
  • Ampliar os ambientes do próprio paciente, estimulando o treino de habilidades em diversas situações sociais e diversos locais de interação.
  • Adaptar as intervenções do terapeuta em prol da realidade e das limitações atuais do paciente em seu dia a dia.

             É importante enfatizar que o acompanhante terapêutico não é um “produtor de milagres”, pois, na maioria dos casos, precisa atuar em equipe e contar com a parceria e com a troca de informações realizada pelo terapeuta de consultório. Para isso, todos os profissionais precisam estar cientes e conscientes de seus limites e de suas limitações em prol do bem e dos resultados obtidos exclusivamente pelo paciente.

            Por fim, vale lembrar que o acompanhante terapêutico trabalha de “forma horizontal”, ou seja, ele é tão importante e estratégico para a equipe, como um médico, fonoaudiólogo, entre outros; por isso, valorizem este trabalho! Com a nossa experiência na Equipe AT, observamos que o acompanhante terapêutico tem um alto potencial de “movimentar as equipes” para melhor, possibilitando um campo de troca e de inovações na avaliação e na intervenção de casos complexos. Pensem nessa possibilidade!

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