A seguir, apresenta-se as descrições dos 15 valores (adaptados de Linehan, 2014) seguidos semestres após semestres pela Equipe AT. Tem-se o objetivo de compartilhá-los para o acesso/conhecimento de todos os pais, familiares, parceiros e clientes de nossa equipe.
- A função da equipe é aumentar a motivação e o repertório (pessoal e profissional) dos terapeutas em atender seus clientes com o foco extraconsultório, utilizando as técnicas e os procedimentos da Análise Aplicada do Comportamento, Terapia Analítico-Comportamental, Terapia Sistêmica e Terapia Cognitivo-Comportamental.
- Ao entrar na equipe, concorda-se em participar das reuniões e fazer todo o esforço para aumentar a sua efetividade como terapeuta, assim como de todos os membros da equipe.
- Ao entrar na equipe, concorda-se em ser responsável pelos resultados de todos os clientes atendidos pela equipe (célula em questão). Não é uma responsabilidade menor se preocupar com os resultados dos outros terapeutas. Caso um cliente cometa suicídio, todos dirão “sim” quando perguntados se já tiveram algum cliente que cometera suicídio. A responsabilidade é de todos, os bônus e os ônus.
- É necessário se estar disponível para auxiliar e atender os pacientes atendidos por outros terapeutas da equipe.
- É necessário estar em grupo e funcionar pelo grupo, evitando se silenciar ou apenas discutir os seus próprios problemas e os seus casos.
- É essencial tratar a supervisão como se trata algo muito importante em sua vida. Você faz parte dessa equipe e precisamos muito de você. Espera-se que não agende outros compromissos no horário, evite atrasos, planeje-se, esteja atento e consciente no que está sendo discutido e compartilhado. Manter telefones longe da atenção. Como vc se sente quando está compartilhando algo tão difícil (ou algo tão gostoso) e toda sua audiência está lendo mensagens no WhatsApp?
- Estar disposto a dar orientações clínicas para pessoas mais experientes (especialmente quando é difícil imaginar ser capaz de oferecer alguma coisa útil).
- Estar disposto a dar orientações clínicas para pessoas menos experientes (especialmente quando é fácil imaginar que vc sabe mais do que àquela pessoa). Será que vc sabe mesmo?
- Estar disposto e ter a humildade de admitir erros/dificuldades e a vontade de receber ajuda para resolvê-los. Muitas vezes descrever obsessivamente um caso pode ser uma esquiva… Queremos que vc compartilhe as coisas que estão e são difíceis para vc.
- Estar disposto a se abrir e a emitir comportamentos passíveis de punição.
- Supervisão não costuma ser palanque, mas se vc estiver carente e precisando de atenção, esse pode ser um aspecto muito importante a ser discutido com todos. Lembre-se: descrever resultados positivos é muito bom e estamos prontos para aplaudí-lo, contudo, aplaudiremos também quando vc descobrir em vc mesmo algo que esteja dificultando o avanço terapêutico, entre outros entraves.
- Estar sem julgamento e compassivo com os profissionais e com os clientes.
- Avaliar adequadamente antes de ficar dando rápidas soluções.
- Se achar que a equipe não está sendo útil ou não gostar do jeito que está sendo conduzido, fale sobre isso, ao invés de ficar frustrado, desatento, rindo de qualquer coisa…
- Prezar sempre a comunicação por mais que algumas palavras “doam”. Somos terapeutas e estamos aqui para lhe ajudar.
REFERÊNCIA
Linehan, M. M. (2014). DBT Skills Training Manual. New York: Guilford Press.
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